terça-feira, 22 de agosto de 2017

A robótica como ferramenta educacional


Há bastante tempo os robôs saíram das telas de TV para compartilhar o nosso dia a dia. Tarefas repetitivas ou de difícil (e até perigosa) execução por nós, humanos, passaram a ser gradativamente repassadas aos adoráveis mecanismos eletrônicos ora citados.

Não apenas as necessidades domésticas podem ser supridas com o auxílio desta ferramenta. Ao longo de anos, o mundo corporativo vem se utilizando dos benefícios advindos do emprego dos robôs e a produção e o aperfeiçoamento destes vêm sendo levados muito a sério através do que conhecemos como “robótica”. De modo resumido, podemos definir robótica como sendo a ciência que se propõe ao estudo, elaboração, montagem e programação de robôs para execução de tarefas específicas com precisão e de forma automática.

Embora a utilidade da ferramenta possa nos dar a impressão de que estamos lidando com algo direcionado apenas para ‘gente grande’, a robótica tem se tornado cada vez mais conhecida e comumente explorada. Podemos até considera-la ‘brincadeira de criança’, a julgar pela sua recente chegada às escolas de ensino infantil e fundamental sob a forma da conhecida ‘robótica pedagógica’ ou ‘robótica educacional’.

Na visão de Saviani (2015), uma das finalidades da educação é fazer com que o indivíduo se aproprie dos elementos culturais essenciais da sociedade que o cerca. Sem dúvida, a robótica se constitui em um desses elementos. Além de traduzir-se em um campo que só tende a crescer e aprimorar-se com o passar dos anos, o uso dos robôs é algo que pode ser utilizado para fazer com que o indivíduo em formação apreenda, de maneira prática, elementos que antes só eram vistos no campo da teoria. Esta é a aposta das instituições que tem investido neste seguimento: fazer da compreensão dos robôs uma ferramenta pedagógica capaz de facilitar a apropriação de temas como: linguagem, matemática, física, eletricidade, eletrônica, mecânica, arquitetura, ciências, história, geografia, artes, etc., trabalhando, de forma prática, conceitos vistos em diversas disciplinas em sala de aula.

Com efeito, podemos considerar a robótica pedagógica como ferramenta altamente alinhada aos princípios da escola contemporânea. Colocando o aluno como o centro do processo de ensino aprendizagem, além de conseguir prender o interesse do aprendiz, o mecanismo estimula a criatividade, o desenvolvimento das habilidades mentais, além do consequente aprimoramento de sua coordenação motora. Somem-se a essas qualidades as possibilidades de fazer com que o aluno exercite o seu senso de trabalho em equipe, a noção de execução de projetos e outras habilidades.

Apesar disso, a utilização da robótica educacional, ainda teu seu uso bastante restrito nas escolas brasileiras. Figurando no campo das novidades, a robótica pedagógica ainda tem um caminho considerável a ser percorrido no sentido de sua pulverização nas escolas do Brasil. Quando falamos desta restrição, referimo-nos ainda às escolas particulares. O que pensar, então, ao tentar estimar quanto tempo isto levará para ser utilizado em larga escala nas escolas públicas?

Longe de desanimar, ficamos no aguardo do desenvolvimento de mais matérias sobre o tema e maior exploração do mesmo no campo acadêmico. Desta forma poderemos, num futuro próximo, afirmar o emprego da robótica pedagógica como uma possibilidade de incremento à proliferação do saber por meio da educação escolar.

 Abraços de toda a equipe: Ana Clara, Esmeralda, Janaína e Josué

Referências:

SAVIANI, Dermeval. A natureza e especificidade da educação. Germinal: Marxismo e Educação em Debate. Bahia, 2015. Disponível em: https://portalseer.ufba.br/index.php/revistagerminal/article/view/13575. Acesso em: 22/08/2017.  

 
ZILLI, Silvana do Rocio et al. A robótica educacional no ensino fundamental: perspectivas e prática. 2004. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/86930. Acesso em: 22/08/2017

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http://www.joseferreira.com.br/blogs/robotica/a-robotica/o-que-e-robotica/

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