Há bastante tempo os robôs saíram das telas de
TV para compartilhar o nosso dia a dia. Tarefas repetitivas ou de difícil (e
até perigosa) execução por nós, humanos, passaram a ser gradativamente
repassadas aos adoráveis mecanismos eletrônicos ora citados.
Não apenas as necessidades domésticas podem ser
supridas com o auxílio desta ferramenta. Ao longo de anos, o mundo corporativo
vem se utilizando dos benefícios advindos do emprego dos robôs e a produção e o
aperfeiçoamento destes vêm sendo levados muito a sério através do que conhecemos
como “robótica”. De modo resumido, podemos definir robótica como sendo a ciência que se propõe ao estudo,
elaboração, montagem e programação de robôs para execução de tarefas específicas
com precisão e de forma automática.
Embora a utilidade da ferramenta possa nos dar a
impressão de que estamos lidando com algo direcionado apenas para ‘gente
grande’, a robótica tem se tornado cada vez mais conhecida e comumente
explorada. Podemos até considera-la ‘brincadeira de criança’, a julgar pela sua
recente chegada às escolas de ensino infantil e fundamental sob a forma da
conhecida ‘robótica pedagógica’ ou ‘robótica educacional’.
Na visão de Saviani (2015), uma das finalidades
da educação é fazer com que o indivíduo se aproprie dos elementos culturais
essenciais da sociedade que o cerca. Sem dúvida, a robótica se constitui em um
desses elementos. Além de traduzir-se em um campo que só tende a crescer e
aprimorar-se com o passar dos anos, o uso dos robôs é algo que pode ser
utilizado para fazer com que o indivíduo em formação apreenda, de maneira
prática, elementos que antes só eram vistos no campo da teoria. Esta é a aposta
das instituições que tem investido neste seguimento: fazer da compreensão dos
robôs uma ferramenta pedagógica capaz de
facilitar a apropriação de temas como: linguagem, matemática, física, eletricidade,
eletrônica, mecânica, arquitetura, ciências, história, geografia, artes, etc., trabalhando, de forma prática,
conceitos vistos em diversas disciplinas em sala de aula.
Com efeito, podemos considerar a robótica
pedagógica como ferramenta altamente alinhada aos princípios da escola
contemporânea. Colocando o aluno como o centro do processo de ensino
aprendizagem, além de conseguir prender o interesse do aprendiz, o mecanismo
estimula a criatividade, o desenvolvimento das habilidades mentais, além do
consequente aprimoramento de sua coordenação motora. Somem-se a essas
qualidades as possibilidades de fazer com que o aluno exercite o seu senso de
trabalho em equipe, a noção de execução de projetos e outras habilidades.
Apesar
disso, a utilização da robótica educacional, ainda teu seu uso bastante restrito
nas escolas brasileiras. Figurando no campo das novidades, a robótica
pedagógica ainda tem um caminho considerável a ser percorrido no sentido de sua
pulverização nas escolas do Brasil. Quando falamos desta restrição,
referimo-nos ainda às escolas particulares. O que pensar, então, ao tentar
estimar quanto tempo isto levará para ser utilizado em larga escala nas escolas
públicas?
Longe
de desanimar, ficamos no aguardo do desenvolvimento de mais matérias sobre o
tema e maior exploração do mesmo no campo acadêmico. Desta forma poderemos, num
futuro próximo, afirmar o emprego da robótica pedagógica como uma possibilidade
de incremento à proliferação do saber por meio da educação escolar.
Abraços de toda a equipe: Ana Clara, Esmeralda, Janaína e Josué
Referências:
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